fbpx

Tecnologias disruptivas na Educação

O que são Tecnologias Disruptivas?

Tecnologias Disruptivas referem-se à inovação tecnológica de produtos ou serviços, cujas características quebram os padrões já estabelecidos de tecnologia existentes no mercado.

O termo disruptivo representa a interrupção do seguimento normal de um processo, pois altera o seu curso ao propor algo novo, de modo a aperfeiçoar e a substituir o que já existe.

Conheça alguns exemplos de tecnologias disruptivas:

Internet das Coisas

A Internet das Coisas é um conceito que se refere à interconexão digital de objetos cotidianos com a internet, permitindo a reunião e a transmissão de dados para otimizar os processos.

Funciona como uma rede de monitoramento das coisas, na qual a tecnologia disruptiva mistura conectividade e inteligência à infraestrutura física, ou seja, todas as coisas passam a estar conectadas à internet.

Ela permite coletar informações, compartilhar banco de dados diferentes e gerar avanços significativos no sistema produtivo, pois é uma extensão da internet atual que possibilita que as coisas tenham capacidade computacional e de comunicação, por meio da conexão com a internet.

Blockchain

É uma cadeia de blocos que registra e compartilha informações. Ela permite transações financeiras seguras pela internet, a partir da criptografia, de modo que somente quem faz parte do sistema consegue acesso a esses dados.

Trata-se de uma rede descentralizada e criptografada que certifica e guarda todas as informações de transações entre as pessoas de forma imutável; é como um livro contábil compartilhado e colaborativo.

Com essa tecnologia disruptiva, é possível criar contratos seguros, pois eles só são efetivados se todas as informações trocadas entre os interessados forem verídicas. Além disso, o blockchain permite a utilização de criptomoedas e de moedas universais e digitais.

Experiências imersivas

Representa qualquer ação que ofereça uma experiência real por meio de recursos digitais, o que permite uma interação entre o usuário do serviço e o dispositivo tecnológico.

Exemplos de experiências imersivas:

  • Realidade virtual: a partir de efeitos visuais e sonoros, o usuário se sente parte daquela realidade, mas em um ambiente simulado virtualmente, no qual pode realizar diversas tarefas;
  • Realidade aumentada: é a integração de elementos ou informações virtuais com elementos reais através de uma câmera, o que possibilita ao usuário que entre em contato com realidades diversas da sua, em um espaço de imersão no qual realiza diversas tarefas;
  • Projeção: projeção de imagens, vídeos e sons virtuais que permitem uma experiência imersiva em uma realidade simulada.

Cloud Computing

É uma computação em nuvem, ou seja, uma tecnologia que permite o uso remoto de recursos da computação por meio da conectividade da internet. Isso possibilita hospedar os mais variados recursos, programas e informações.

Tudo é arquivado em um servidor da internet, de modo que o usuário não precisa de um computador ou servidor local. Além disso, não é necessário instalar softwares ou realizar downloads para acessá-lo, diferentemente do modelo tradicional de computação.

Machine Learning

É um conceito associado à Inteligência Artificial. Sua tradução significa “aprendizado de máquina” e trata-se de um sistema que pode modificar seu comportamento de maneira autônoma tendo como base a sua própria experiência.

Ferramentas computacionais registram dados disponíveis publicamente ou registrados em plataformas próprias e servem de treinamento para os algoritmos de inteligência artificial. A interferência humana é mínima.

Essa tecnologia capta padrões nos dados analisados e os replica para estabelecer regras lógicas e aplicar na melhoria de desempenho de uma tarefa ou na tomada de decisão diante de um problema.

O que é Educação Disruptiva?

A Educação Disruptiva refere-se à inovação e às soluções para as práticas pedagógicas, de forma a transformar o modelo educativo tradicional para otimizar o processo de ensino e aprendizagem.

Surgiu com a proposta de aperfeiçoar o que já existe para se adequar ao mundo moderno. Nesse sentido, as tecnologias disruptivas são aplicadas na educação para promover essas mudanças.

A tecnologia permite simplificar as atividades e torná-las mais acessíveis, pois amplia a conexão e a interação entre as pessoas e os objetos de conhecimento. Dessa forma, é possível promover o desenvolvimento das habilidades necessárias para a sociedade atual.

Dentre as características da educação disruptiva, estão a multidisciplinaridade, a colaboração, a flexibilidade, a horizontalidade, a inclusão, a praticidade, a cultura digital, a democratização, entre outros.

O novo modelo de educação com aplicação da disrupção é baseado em três conceitos distintos: andragogia, lifelong learning e heutagogia.

A andragogia refere-se à educação voltada para o adulto, ou seja, é uma prática educativa que orienta esse público a aprender, sendo contrária à pedagogia, cujo foco é ensinar crianças.

lifelong learning significa uma educação ao longo da vida, isto é, contrária à ideia de conclusão dos estudos. Ele se refere a uma formação continuada ou aprendizagem contínua, que convida as pessoas a gostar de aprender e a buscar conhecimento como um estilo de vida.

Já a heutagogia é uma educação autodidata, em que o aluno é o principal responsável pela aquisição de conhecimento. Dessa forma, ele quem define o que deseja aprender e como fazer. Esse é um conceito que está associado ao autodesenvolvimento.

A tecnologia é a grande aliada da educação disruptiva, pois permite inovar as práticas pedagógicas e oferecer novas possibilidades para o processo de ensino e aprendizagem.

Vantagens da Tecnologias Disruptivas na Educação

Além de adequar as propostas da sociedade moderna e oferecer aos alunos experiências mais próximas à sua realidade, outras vantagens podem ser encontradas na educação disruptiva, como:

Promoção da cultura digital

Utilizar a tecnologia como ferramenta pedagógica favorece a aprendizagem e promove a cultural digital, que é uma das principais competências que os alunos precisam desenvolver. Segundo a BNCC:

Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. (BNCC, 2018).

Estímulo às habilidades do futuro

O novo modelo de educação e a tecnologia de informação e comunicação promovem o desenvolvimento de habilidades essenciais para o mercado de trabalho do futuro, bem como para a vida pessoal e social do indivíduo.

Dentre essas habilidades, pode-se citar o pensamento crítico, a aprendizagem ativa, a inteligência emocional, a flexibilidade cognitiva, a resolução de problemas e o trabalho em equipe.

Possibilita maior inclusão

Devido às diversas possibilidades que oferece, esse modelo amplia o acesso à educação, pois permite adaptar as práticas pedagógicas às demandas específicas de cada aluno.

Com isso, promove a igualdade na aprendizagem e a diversidade no ambiente escolar, com base em um ensino personalizado e que respeita as necessidades e as diferentes formas de aprender.

Otimização da rotina

As ferramentas tecnológicas ajudam a automatizar algumas tarefas da escola, melhoram a comunicação e os processos, como o gerenciamento de informações, a produção de provas e outros materiais, a produção de documentos e relatórios, e os diagnósticos de aprendizagem.

Promoção de experiências práticas

A tecnologia e o modelo de educação disruptiva estimulam as atividades práticas, pois aliam a teoria e a prática com o seu modo dinâmico de incentivar o engajamento dos alunos.

O novo modelo desperta a autonomia e o protagonismo dos alunos, pois tem a proposta de incentivá-los na realização das atividades e no desenvolvimento de habilidades.

Como aplicar as tecnologias disruptivas na sua escola?

Existem várias formas de promover as tecnologias disruptivas na educação. A seguir, confira algumas delas:

Tecnologias Disruptivas: Metodologias ativas

São práticas pedagógicas que oferecem uma aprendizagem ativa, pois transformam o modelo tradicional de ensino, no qual os alunos são somente expectadores que assistem ao professor transmitir os conteúdos.

Com os métodos ativos, a aprendizagem ocorre na prática, o que permite ao aluno que busque o conhecimento com a orientação do professor, tornando o processo igualitário ao construírem juntos o saber.

Tecnologias Disruptivas: Cultura maker

É um conceito usado para descrever a cultura do “faça você mesmo”. A ideia é que qualquer pessoa – independentemente de idade ou experiência – possa desenvolver com autonomia os mais diversos projetos e objetos.

Desse modo, o aluno pode aprender fazendo, buscar conhecimento por meio da prática, estimular a curiosidade e a criatividade, bem como procurar conhecimento de forma autônoma.

Tecnologias Disruptivas: Gamificação

Refere-se à utilização de elementos de jogos digitais – como competição, feedbacks instantâneos, evolução e recompensa – para fins pedagógicos. O objetivo é propor atividades dinâmicas que permitam ao aluno aprender enquanto joga.

Utilizar a gamificação na educação, a partir de atividades que proponham missões, desafios ou recompensas para os estudantes, promove o engajamento e o estímulo de habilidades como o raciocínio lógico.

Tecnologias Disruptivas: Realidade aumentada

A realidade aumentada consiste na sobreposição de objetos digitais ao mundo real, com a utilização de um software e de um equipamento que permitem a leitura de uma imagem no ambiente real, além da exibição dos objetos digitais correspondentes.

Geralmente, a interação pode ser feita com aplicativos instalados em um tablet ou smartphone com câmera. Desse modo, o aluno visualiza uma versão da sua própria realidade de forma melhorada – aumentada.

Tecnologias Disruptivas: Ambiente virtual de aprendizagem

Funciona como uma sala de aula virtual, com videoaulas, atividades, plano de estudos, materiais de apoio, relatórios de aprendizagem, gerenciamento de conteúdos, bate-papos, compartilhamento de informações, entre outras funcionalidades.

No Ambiente virtual de aprendizagem, professores e alunos podem trocar informações, tirar dúvidas e interagir entre eles, podendo ser considerado uma extensão da sala de aula.

Fonte: https://sae.digital/tecnologias-disruptivas-na-educacao/